terça-feira, 5 de junho de 2012

O conto perdido de Borges


O conto perdido de Borges

Prefácio dos caminhos que se bifurcam , se encontram ou contratam advogados para divisões de bens.

Nota do Editor:
Este conto Borgeano de pouco mais de uma página é sobre Makulêlitê e a independência teatral de Uganda do sul, ou do norte, ou os dois ao mesmo tempo dependendo da hora do dia. Foi escrito em Buenos Aires no verão de 1975. Contudo como ele estava sofrendo de cegueira, deixou cair seu leite achocolatado predileto em cima dos manuscritos e por isso pensou a vida toda que fosse na verdade estas folhas fossem uma bíblia marrom unidimensional que é infinita e nunca acaba apesar de ele ter certeza que acabasse. Se por ação algum personagem ou local tiver alguma relação com a vida real, e particularmente com a mulher do leitor, é melhor você perguntar agora para ela o que ela estava fazendo em plena áfrica subsaariana entre às 9 e as 12 horas.


O Rei Makulêlitê convoca todos os dozes chefes de tribos de Uganda mais o Sr. Woo dono da Lavanderia, para combater os colonialistas Britânicos ou Ingleses, ou o que vier primeiro. Ele diz que todos devem agir normalmente pelas ruas e campos, contudo na hora do chá das cinco quando os soldados se prepararem para tomá-lo. Os habitantes devem começar a cantar O II ato das Walkyrias de Wagner, Os ingleses não aceitaram tal atitude grotesca dos habitantes e resolveram abandonar o país e então seremos livres!
                Aqui aparece Vatikâta, chefe de umas das tribos e pergunta que caso o plano de errado os ingleses ficaram revoltados e nos atacaram fortemente destruindo nossos parquinhos de diversão. Makulêlitê então age fortemente e diz que caso o plano não de certo, é melhor começarem a ensaiar o plano dois, que é dançar salsa e merengue deixando os ingleses atordoados. Afinal a dança tem paços infinitos que se encontram ou com o pé ou com outro passo e assim sucessivamente como O baile anual de dança de da Babilônia.
                Tudo então foi orquestrado para que nada ocorresse fora do previsto, contudo Vatikâta havia feito um acordo secreto com o inglês General Ian Shitrey que dominava todos os domínios inomináveis do gabão, Uganda e qualquer outro país que aceitasse credito ou debito. Nessa troca o General Shitrey ofereceu para o traidor Vatikâta a coleção completa dos discos dos Beatles e uma passagem sem volta para as ilhas Samoa para sua cinco esposas que gastavam toda sua produção de cacau em roupas de Grife.
                Chegou-se então o dia, como era esperado às cinco horas em ponto os soldados britânicos iam tomar seu chá quando em segundos eles colocam fones de ouvidos e começam a perseguir qualquer cidadão que tivesse um violino afinado ou uma mulher muito chata para ouvir Wagner. O plano falhará é o Rei de toda Uganda Makulête fora preso. Dias depois no quartel dos colonos ingleses na cidade de Mbale ele foi posto no paredão de fuzilamento, de olhos fechados pediu a Deus qual o sentido de sua existência da terra. Ouviu os disparos, quanto o tempo parou, e Deus veio até ele e mostrou o porque havia vivido estes anos todos a frente do seu povo, ele viu a casa e o carro que havia comprado, além da casa de praia na Guine Equatorial, também viu a fatura do fim do mês, então percebeu que na verdade essa fatura se repetia infinitamente, é que todo mês ele devia pagar, e pagando ele então compreendeu o sentido da existência humana, agradeceu a Deus, que disse que lhe enviaria o resto do curso de como morrer e viver eternamente bem com as contas em dia pelo correio celestial”.

[O resto da história como dito a cima está borrada com achocolatado tipo baunilha mais aqui possivelmente termina a história, ou talvez ela não tenha começado, ou talvez você não existe e isso só sirva para uma tese de doutorado que também não existe em uma academia que não existe em um plano real onde Deus é dançarino profissional na televisão aos domingos].